A primeira dose foi pra dizer a mim mesma que eu estou fazendo a coisa certa saindo em uma sexta-feira à noite sem você. A segunda foi para me dar à segurança que a primeira não me deu. A terceira foi para esquecer que estar exibindo esse vestido aqui talvez seja a pior burrada que eu já tenha feito. A quarta foi para ter coragem de sair do bar, pegar o carro e parar no estacionamento do seu condomínio sem ter a menor ideia do que quero te dizer.
É só que… Eu sou acidente de trânsito humano. Eu não sei lidar com isso de ser a única coisa do mundo de alguém e é exatamente assim que você me olha. Antes de ontem foi como ter tirado a roupa para você pela primeira vez de novo. Você me beijou com os olhos, com a boca, tocou cada linha fina do meu corpo, me paralisando de tal forma que eu só conseguir te tocar de volta no momento que eu deveria estar correndo.
E, se eu soubesse que aquela conversa casual, em plena quarta-feira iria nos levar a sentar um do lado do outro no cinema, provavelmente eu teria escolhido outra poltrona, ido numa sexta e te daria meu número errado. Eu teria seguido o conselho da minha mãe de não conversar com estranhos e de forma alguma teria atendido a sua ligação para sair no sábado.
Mas eu atendi. Comi sushi, joguei conversa fora e quando vi, já tinha dito sim para o seu pedido inofensivo de nos encontramos mais uma vez. Eu fui ao aniversario de seis anos da sua sobrinha, te deixei tomar o celular da minha mão para informar aos meus pais que estávamos namorando e concordei com a sua ideia de viajarmos juntos para a praia da cidade vizinha.
Eu deveria ter notado. A nossa primeira briga, se é que posso chama-la assim, você diante de todos os meus gritos, boca suja, cacetes e caralhos, disse simplesmente “a sua boca fica tão linda quando fala porra” e eu desfaleci em uma risada estúpida que não pude evitar. Pior do que isso, foi perceber que meu riso era muito mais bonito quando eu estava contigo. Isso lhe soa egoísta? O mundo realmente ficava mais bonito quando eu sorria para você.
E foi por todos esses sinais, por todas as vezes que eu deveria ter corrido e fiquei parada que você se sentiu seguro para achar que um ano depois (e quem é que pode te culpar?) eu estava preparada para te ouvir interromper a nossa conversa casual com um “eu amo você, sabia? Eu amo você”.
Fico pensando o que se passou na sua cabeça naqueles dois minutos. Se eu responderia de volta, te beijaria ou, no pior dos cenários, ficaria calada. Mas nunca, imagino eu, você pensou que da minha boca sairia um “eu tenho que ir” atropelado, que eu não te ligaria de volta e dois dias depois, estaria bebendo no nosso bar mesmo que o queira de verdade é bater na porta da sua casa.
E, se quer saber, a verdade dessa história toda é que eu sinto muito.
Não por estar bebendo, por estar usando o seu vestido, ou por não sentir nada. Porque a verdade, é que eu sinto demais. Sinto tanto, mas tanto, que estou aqui com as mãos suadas grudadas no volante, tentando achar um jeito de te explicar que o meu medo de estragar tudo acaba estragando o que eu tenho de melhor.
Eu quero achar um jeito de te dizer que eu nunca disse eu te amo de volta para ninguém, até porque até hoje eu só tinha gostado muito – e convenhamos, gostar muito é bem mais fácil de se dizer -, tenho medo de parar na porta da sua casa as duas da manhã e te explicar que a verdade é que eu estava perdida entre uma dança e outra, tentando entender porque eu não disse o que eu deveria ter dito, o que eu queria falar e o que eu ainda quero te dizer.
Por que a verdade é que porra, eu amo você.
quinta-feira, 10 de março de 2016
Ela tem uma risada incrível. E sem querer ser um babaca, mas ela tem tudo pra ser perfeita. Mas não é, claro. Ela tem mil idiotices e chatices na bagagem. E ela tem medo de tudo. Tem um ar de menina independente, que não precisa de ninguém. Mas quando tá no escuro, ainda pede pra alguém abrir um pouquinho a porta e deixar a luz entrar. Ela tem vergonha até de ligar pra pizzaria pra pedir uma pizza, cara. Quem no mundo é assim? Mas ela é tão indiferente, que a minha diferença não afeta ela em nada. Eu acho que ela pode ser o mundo inteiro se ela quiser. E ela é teimosa. E guarda rancor na mala. Ela sabe perdoar, mas precisa de umas aulinhas de como esquecer. Quando ela desiste ou acha que sabe de tudo, não tem jeito. Meu Deus, que mania insuportável que ela tem de achar que pode burlar tudo o que mandam ela fazer. Porque ela nunca tá satisfeita com nada. Nadinha.
Eu só queria que tu soubesse que eu não vou sair de você. Vou me grudar nas tuas músicas, colar nos teus filmes, dar as caras nos personagens dos teus livros, aparecer de surpresa nas suas conversas com outras pessoas, inevitavelmente você vai me comparar com todo mundo e, por fim, vai perceber que não tem melhor que eu. Vai enfiar sua língua em outras bocas pra me esquecer, vai se agarrar com alguém pelos banheiros pra não lembrar de mim, vai virar cinco doses seguidas de tequila e mesmo assim isso não vai te dar a capacidade de sequer confundir meu nome com outro. Vou permanecer nos seus beijos, amasso, ressacas, vômitos e dores de cabeça. Você querendo ou não. Juro.
Para meu, precioso e raro, amor.
Sempre que eu deito assim, do seu lado, e vejo você dormir tão calmo e tranquilo, eu tenho um pouco mais de fé no mundo. E penso em como seria se por um descuido da vida, o tempo decidisse parar por alguns instantes, só para nossos momentos juntos durarem mais. Eu não sei exatamente descrever quão boa é a sensação de saber que você está ali, respirando do meu lado. Que ainda vai estar quando eu acordar de manhã. Porque você acorda e sorri pra mim. E eu esqueço do mundo. Tento ser egoísta e não dormir só pra poder te olhar. Mas quando durmo, ainda sim, de alguma forma, te sinto ali. Comigo. Dizem que o amor está em extinção. E quando eu te olho assim, me sinto tão sortudo… porque realmente, você é raro. Tem um coração que ama. Uma alma que sorri doce. Um corpo que as quedas do mundo não transformaram. Todos podem ser assim, mas poucos tem coragem. E coração, porque é preciso, andar com ele ali, exposto como arma e escudo. É difícil achar pessoas assim. Mas quando se acha, não tem mistério, você simplesmente sabe quem são.
Uma carta
Te escrevi essa carta porque quando você ler, vou estar longe o suficiente de ti a ponto que o que eu sinto não vai passar de uma lembrança má guardada, dentro de uma caixa quadrada, com todos os meus sentimentos, medos preocupações, carinhos, afetos, tudo aquilo que trazia você a minha mente, cada música, imagem, data, até mesmo as nossas brigas, porque cada uma nós fazíamos mais fortes e mais um do outro do que a briga anterior. Cada conselho e até os momentos de dor, como aquele em que seu irmão se acidentou de carro e os amigos/amigas que você dizia ter e muita das vezes até os colocava a minha frente, não estavam lá, mas eu estava, nas suas horas mais escuras, ou então quando seus pais quase se divorciaram, e ainda tem aquele em qual você não passou no vestibular pro qual tanto estudou, eu estava lá em todas essas horas, dei o máximo de mim porque queria ver o máximo de ti, em tudo, alegria, amor, compaixão, felicidade. Mas tudo mudou e foi como cair de um precipício, eu sei, estou sendo dramático, mas você me conhece, ainda assim, quando eu mais precisei de você, a onde você estava? Aquela que me prometeu que nunca sairia do meu lado, mesmo quando a distância era a nossa maior inimiga. Eu só queria que tivesse sido mais recíproco, eu acho que é o que tudo mundo espera num relacionamento, confiança e reciprocidade. Confesso que cometi os meus erros, meus ciúmes que geralmente acabavam resultando em brigas, mas cara, com uma garota como você, me diz como não sentir ciúmes? Além de bonita, você é simpática, extrovertida, carismática, inteligente, ME DIZ COMO NÃO SENTIR CIÚMES? Enfim, essa carta é pra mostrar que eu não me esqueci, mas eu não vou voltar mais atrás, o tempo que estive ao seu lado foi ótimo, mas é preciso continuar, porém, não aqui, não a onde em qualquer lugar que eu vá, algo vai me fazer lembrar. Saiba que essa carta foi a minha única forma corajosa de te dizer adeus, mas nunca deixe de sorrir, o mundo precisa de pessoas com o sorriso igual ao seu. Se cuida.
LM.
quarta-feira, 9 de março de 2016
Amor verdadeiro
Em uma época de amores descartáveis (onde trocamos de parceiro como mudamos de roupa) essa sequência de imagens é um tapa na cara de todos nós e mais uma grande razão para acreditarem um mundo melhor.
Ela venceu no amor – Baseado em uma história real
Ela sempre foi demais para ele. De verdade. Não pela beleza, embora ela fosse verdadeiramente linda. Mas é que ela nunca se vendeu pro carrão dele, nem para os bíceps do “projeto verão” que ele cultivava com um cuidado repugnante. Ela jamais se vendeu como as moças que se atraíam pela superficialidade dele. Ela enxergou além, ela se apaixonou pelas qualidades que ele não tinha. Ela se orgulhava de ter sido escolhida pelo cara mais cobiçado do bairro. Ela sorria diante das declarações de amor recheadas de falsidade e de erros de gramática, ela se sentia especial. Ela se sentia em um conto de fadas e ele não conseguia ser sequer um sapo. Mas, coitada, a paixão tem dessas coisas. Era triste ver uns olhos tão cheios de verdade imersos na superficialidade de um príncipe metido e de pau, provavelmente, muito pequeno – e digo príncipe no pior dos sentidos que pode ser atribuído à palavra. Ele saía nas noites de sexta rodeado de biscates, mas ela se contentava com as segundas-feiras em sua companhia. Ela não via o quanto ela merecia mais. Ela era tão mulher pra aquele menino que nunca virou homem. Ela tinha um sorriso tão largo, mas toda aquela falta de amor quase o apagou. Quase. Ela esqueceu. Doeu, e provavelmente ela pensou que não suportaria. Porque, você sabe, dói mesmo. Mesmo quando a gente sabe que não tem que ser, dói. Mas passa. E pra ela passou. Ninguém lia a sua dor no seu olhar – por que ele jamais perdeu o brilho. Ela guardou aquela dor tão bem guardada que, num belo dia, nem mesmo ela a encontrou. Ela continuou tão linda e tão mulher que me inspirou a escrever esse texto – e olha que ela nem sabe. Ela amou um idiota – mas, quem nunca? O importante é que ela não deixou que ele levasse nenhum pedacinho dela embora. Ele veio e passou, como uma tempestade que ensina a gente a ser mais forte. Está mais linda do que nunca. Linda, viajada e bem amada. E o melhor disso tudo é que ela não faz questão de mostrar isso pra ele e nem pra ninguém – mas essas coisas a gente percebe no olhar, né? Quem a via de mãos dadas com um cara tão desprezível não imaginava que ela fosse tão mulher, mas ela provou que é. Ele continua com as piores companhias possíveis. Sorrindo superficialmente, amando superficialmente, vivendo superficialmente. Até ele entendeu que não merecia tanto. Ela não se boicotou, enxugou as lágrimas e tratou de ser feliz como merecia. Foi em frente, de forma leve. Por que, além do que seus olhos poderiam ver naquele momento, havia algo – e alguém – melhor. E ela sabia. Por isso, ela venceu. Ela passou e deixou marcas, porque uma mulher de verdade sempre marca. E ele… Bem, ele só passou.
Todo dia eu penso: podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebata, maltrata, alegra, violenta de uma forma absurda e intensa. Nasci pra ser intensa e dramática. Nunca sei direito se a vida me fez assim, as situações fizeram com que eu me tornasse assim, não sei, não sei. A última e única coisa que lembro é de sentir. Eu sinto o sentir. Sei que parece papo de louco, mas é verdade, é real, sinto demais. A realidade me consome. Mas me consome e-xa-ge-ra-da-men-te. A vida maltrata quem sente demais. Quem sente demais acaba sofrendo mais que a maioria das pessoas. Tudo importa, tudo é exagerado, tudo é sentido de corpo e alma. Alma, principalmente.
— | Clarissa Corrêa |
terça-feira, 8 de março de 2016
Caio Fernando Abreu.
Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.
Cartas Para Julieta.
Você merece tanta felicidade, sabe? Merece ir dormir na tranquilidade e acordar com um sorriso porque está vivendo a melhor época da sua vida. Você merece pessoas verdadeiras, amigos mais próximos e gente desinteressada. Você merece leveza na alma e paz no espírito. Você merece tudo isso de verdade e rezo por você todas as noites, rezo para que tudo isso aconteça logo.
Antes de você os dias eram sempre os mesmos, todos iguais e continuariam assim. Mas ai você apareceu com seu melhor jeito de me fazer sorrir, com seu melhor jeito de me fazer sentir segura, com seu melhor jeito de me dar atenção, seu melhor jeito de me fazer sentir querida, com seu melhor abraço. Porque você é assim, tem sempre o melhor abraço pra mim..
— | Come Back Esteban - Manuscrite |
O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você”. A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção.
— | Rubem Alves. |
Última Carta:
Querida Holly, Eu não tenho muito tempo, não digo literalmente é que você foi comprar sorvete e vai voltar logo! Mas tenho a impressão de que é a última carta porque só resta uma coisa pra dizer, não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homen, Holly, e por isso eu sou eternamente grato, literalmente. Se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura ou perder completamente a fé vai tentar olhar para si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, tive muita sorte. Você foi a minha vida Holly, mas eu sou apenas um capítulo da sua, haverá mais eu prometo portanto aqui vai o meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual.P.S. Eu sempre vou te amar.(P.S. Eu Te Amo)
Você merece tanta felicidade, sabe? Merece ir dormir na tranquilidade e acordar com um sorriso porque está vivendo a melhor época da sua vida. Você merece pessoas verdadeiras, amigos mais próximos e gente desinteressada. Você merece leveza na alma e paz no espírito. Você merece tudo isso de verdade e rezo por você todas as noites, rezo para que tudo isso aconteça logo.
— | Cartas Para Julieta. |
Sinto muito. Sinto por não ter sido a namorada perfeita. Sinto por não ter te dado mais ainda de mim. Sinto por não ter conquistado sua mãe e nem sua irmã. Sinto por não ter te dado aquele último beijo. Sinto por não ter te mordido pela última vez. Sinto por não ter te contado o último segredo. Sinto por não ter deixado claro que é com você que eu desejava passar o resto da minha vida. Sinto mais ainda por estar chorando agora. Sinto por não ter dado chances pra suas declarações baratas. Sinto por muitas vezes não ter acreditado no seu "eu te amo", que você jurava ser verdadeiro. Sinto por ter brigado diversas vezes por causa do seu ciúmes besta. Sinto por não ser mais bonita. Sinto por não ter te mostrado aquela música do Ed Sheeran que eu estou escultando agora. Sinto por meus pais não terem te amado. Sinto pelo meu irmão ter sido um imbecil com você. Sinto pelas manhãs e tardes na sua cama. Sinto tanto. Sofro tanto. Sinto por aqueles beijos que te machucava. Sinto pelas vezes que menti pra minha mãe pra ir te ver. Sinto pelas vezes que meu ciúmes subiu a cabeça por causa das suas amigas. Sinto muito por ter te visto com outra. Sinto muito por ter chorado toda noite por você nesses últimos meses. Sinto por aqueles dias na igreja. Sinto pelos meus amigos que falaram pra mim te esquecer. Sinto pela minha prima que já fez de tudo pra me ver melhor. Sinto pelas oportunidades que deixei por você. Sinto por estar chorando novamente. Eu sinto tanto. Mas sinto mais ainda em saber que daqui a um tempo eu não vou sentir mais nada. Eu sinto tanto, mas você não vai saber de nada.
—Denise Moura.
Querido John: Estou sentindo aquela coisa que faz o peito transbordar suspiros de vida, sim, estou sentindo uma nova esperança, estou prestes a renovar meu contrato de vida. Meu quarto atual, em breve será o antigo e um outro me espera. A mala aberta, roupas dobradas e sapatos espalhados. Mais uma chance de ser uma nova pessoa, de tentar melhor, faculdade, sorriso aberto, pessoas diferentes. Uma nova-antiga casa com 7 garotas, imagina a história que isso vai render. Amor pra carregar no peito, aquele que parece dormente, mas só com aparecer consegue queimar de novo, como se uma simples faísca fosse o bastante. Olha pra mim, John, me sinto especial, me sinto bem, eu me sinto realmente bem e dessa vez é de verdade. É, estou orgulhosa de mim, sou uma boa garota.
— | Nina em cartas para John |
Amor à distância - O casal que achou a fórmula certa para permanecer juntos
É preciso ser forte para manter um romance só com telefonemas, mensagens eróticas e transas virtuais. Também tem que ter muita paciência, praticar o exercício da lealdade e confiar no parceiro. Marie Claire quis saber se o amor verdadeiro resiste à falta de convivência (e de sexo) e descobriu três casais que acharam a fórmula certa para ter uma vida a dois, mesmo separados. Fazer amor por telepatia satisfaz só na música de Rita Lee. Mas, na prática, o cheiro, o toque e a convivência do dia a dia fazem a maior falta. Isso sem falar que casais distantes geograficamente são obrigados a praticar um outro tipo de sexo, aquele virtual, meio sem graça, ou ter paciência chinesa para manter o controle para transas eventuais ou, na pior das hipóteses, longos períodos de abstinência. E a lista de problemas vai além: a distância entre casais gera saudade e insegurança excessivas. É fato que a internet facilitou (e muito) a vida de casais fisicamente separados. Mas nenhum computador do mundo ainda é capaz de superar a convivência real. Prova de que as possíveis vantagens de relação à distância já não convencem tanto são os dados da agência de encontros A2. Enquanto em 2002 78% dos usuários cadastrados na empresa se diziam dispostos a encarar um romance de longa distância, hoje 72% deles exigem que o(a) pretendente more na mesma cidade. “Com a internet, muita gente descobriu que poderia entrar em contato com pessoas em qualquer lugar do mundo, encurtar distâncias. Mas, aos poucos, as pessoas foram se dando conta de que não é tão fácil assim, o romance virtual demanda muito mais empenho que o real”, diz Cláudya Toledo, terapeuta de casais e diretora da A2. Quem viveu junto por um tempo e precisa se separar fisicamente por algum motivo costuma sofrer menos. “Uma oportunidade de emprego irrecusável ou uma bolsa de estudos pode afastar temporiamente os pares. Mas eles sabem que a curto ou médio prazo estarão juntos novamente e isso ajuda. O duro é quando a perspectiva de encontro definitivo está longe demais ou não existe”, diz Cláudya. De um jeito ou de outro, webcams, torpedos eróticos e telefonemas com detalhes bobos do cotidiano ajudam a diminuir o abismo. Só que a “proximidade” virtual pode gerar cobranças e controle exagerado. Para entender como uma história de amor sobrevive só na palavra, Marie Claire conversou com um casal que passou um ano longe um do outro e agora está prestes a se casar. Falou ainda com duas mulheres que mantêm relações à distância em nome de um profundo amor. A seguir, eles contam como lidaram (e ainda lidam) com ciúme, saudade, solidão e falta de sexo.
Planejar o reencontro é a luz no fim do túnel
Nem
quando criança a hoteleira e relações públicas Juliana Braga, 25 anos, lembra
de ter ficado tão ansiosa à espera do Natal como estava no fim do ano passado.
Contava os minutos para a chegada do namorado, o alemão Norman Herrmann, 29
anos, ao Brasil. O casal passou seis meses namorando de perto, em Barcelona
(Espanha), e mais seis de longe — ele em Berlim, ela em São Paulo. “Uma das
maiores dificuldades, além da falta da presença física, claro, é o fuso
horário, que nos obriga a marcar hora para conversar pelo computador”, diz
Juliana. Ela conheceu Norman quando fez mestrado na Espanha. Ele estava lá por
causa do MBA, pago pela empresa na qual trabalha na Alemanha. “Como ele tem uma
carreira estável, fica mais fácil eu procurar algum trabalho e ir morar lá. E
já estou buscando”, diz ela, que pretende se mudar o mais rápido possível.
Enquanto
isso não acontece, o casal segue conectado de todas as maneiras. Só não
costumam, diz Juliana, transar via webcam. “Nos últimos seis meses foi possível
segurar a onda e não chegamos a pensar em sexo virtual.” Eles também não
firmaram um pacto de fidelidade, mas, segundo ela, confiam muito um no outro —
e evitam as brigas ao máximo. “Se eu telefono e ouço barulhos de festa, desligo
e ligo depois. Ele faz o mesmo. Mas é claro que, do outro lado do mundo, ele
pode ficar com quem quiser sem que eu necessariamente fique sabendo. Mas como
arrumar briga à distância? É muito complicado, é melhor evitar. O segredo é
controlar a paranoia e confiar. É um exercício de autocontrole”,
diz ela. Alguns cuidados básicos são destaque no manual de sobrevivência
do romance virtual. Juliana evita, por exemplo, fuçar no perfil do namorado em
sites como Instagram e Facebook. Sabe que essas redes de relacionamento são
fontes de insegurança, sobretudo para casais que vivem distantes fisicamente.
Como ela ainda não conhece todos os amigos de Norman em Berlim, fica fácil
cismar com uma foto de festa, com amigas de lá ou companheiras de trabalho mais
próximas. Por essas e outras, ela ressalta que confiança irrestrita no outro —
e no próprio taco — é imprescindível para quem vive um namoro virtual.
Mas pra tudo sempre haverá o seu lado bom dentre todo mal, sempre irá existir aquela flor bonita entre tantas outras murchas, irá existir um lado bem em meio à tanto mal, somos assim, as vezes muito confusos e sempre questionando tudo, mas só procuramos o lado bom das coisas, de certa forma sim, o lado bom nos atrai, do mesmo jeito que o sol te ilumina e que o fogo nos aquece, o bem nos padece ser pessoas melhores, assim como na vida o “ amor ” essência da vida, tem seu lado bom e seus prazeres mais banais, suas histórias, sim, existe lado bom, mesmo que exista aqueles que são contrários e não acreditam em algo tão gostoso. Ah, amor, se tu vem e me ganhas, tu nunca deixarás de vir.
— 1 9 9 8
— 1 9 9 8
Preciso desabafar.
Quem são os verdadeiros amigos, pergunto eu. - Com quem realmente se pode contar? - Como posso saber em que confiar? Sabe qual a pior parte de ter todas estas perguntas na cabeça? É a dura realidade de que ninguém pode respondê-las. Estou completamente sozinha... Me sinto completamente vazia. Em todos os sentidos magináveis e imagináveis. - Sou só respirações - Isso é o que realmente sou. Lembro-me de já me sentir assim antes, mas na época não me importava. A realidade é que, mesmo agora, eu ainda não me importo. - A solidão sempre foi uma amiga fiel. - Mas acho que a frase "Ninguém é completamente feliz sozinho", é verdadeira. Simplesmente sinto falta de tudo, de um simples olá há um complexo e demorado abraço. O problema em questão é que nunca fui boa com amizades, não sei como agradar alguém, às vezes exagero e afasto as pessoas. - Sou uma pessoa deprimente & chata. - Mas tenho meus raros momentos de completa & absoluta lucidez. - Como agora, por exemplo. - O mais triste disso tudo é que ninguém parece sentir minha falta, é como se eu fosse um rabisco feito à lápis, que foram lá e simplesmente apagaram. - Talvez eu seja isso mesmo, um rabisco na vida das pessoas. - Cada vez mais me sinto desabar, num profundo & vasto abismo. Não deveria me sentir assim, não costumo me importar com simples inimizades, mas descobri recentemente - Da pior maneira. - que elas podem e fazem falta. Quando eu acho que estou finalmente terminando este quebra-cabeça - Que se chama vida. - Alguma "criança" desobediente vai até onde estou montando e simplesmente o destrói. E tudo vai para os cantos & tudo volta à ser escuro novamente. - Preciso enfrentar meus demônios interiores. - Não posso deixar eles levaram a melhor, - Novamente - pois não sei se aguentaria passar pelo "inferno" novamente.
Não sei finalizar absolutamente nada em minha vida, pois então, assim como tudo - Esse desabafo - Fica sem um fim. Seja ele bom ou ruim, acho melhor que seja infinito.
— Um Sussurro.
Quem são os verdadeiros amigos, pergunto eu. - Com quem realmente se pode contar? - Como posso saber em que confiar? Sabe qual a pior parte de ter todas estas perguntas na cabeça? É a dura realidade de que ninguém pode respondê-las. Estou completamente sozinha... Me sinto completamente vazia. Em todos os sentidos magináveis e imagináveis. - Sou só respirações - Isso é o que realmente sou. Lembro-me de já me sentir assim antes, mas na época não me importava. A realidade é que, mesmo agora, eu ainda não me importo. - A solidão sempre foi uma amiga fiel. - Mas acho que a frase "Ninguém é completamente feliz sozinho", é verdadeira. Simplesmente sinto falta de tudo, de um simples olá há um complexo e demorado abraço. O problema em questão é que nunca fui boa com amizades, não sei como agradar alguém, às vezes exagero e afasto as pessoas. - Sou uma pessoa deprimente & chata. - Mas tenho meus raros momentos de completa & absoluta lucidez. - Como agora, por exemplo. - O mais triste disso tudo é que ninguém parece sentir minha falta, é como se eu fosse um rabisco feito à lápis, que foram lá e simplesmente apagaram. - Talvez eu seja isso mesmo, um rabisco na vida das pessoas. - Cada vez mais me sinto desabar, num profundo & vasto abismo. Não deveria me sentir assim, não costumo me importar com simples inimizades, mas descobri recentemente - Da pior maneira. - que elas podem e fazem falta. Quando eu acho que estou finalmente terminando este quebra-cabeça - Que se chama vida. - Alguma "criança" desobediente vai até onde estou montando e simplesmente o destrói. E tudo vai para os cantos & tudo volta à ser escuro novamente. - Preciso enfrentar meus demônios interiores. - Não posso deixar eles levaram a melhor, - Novamente - pois não sei se aguentaria passar pelo "inferno" novamente.
Não sei finalizar absolutamente nada em minha vida, pois então, assim como tudo - Esse desabafo - Fica sem um fim. Seja ele bom ou ruim, acho melhor que seja infinito.
— Um Sussurro.
segunda-feira, 7 de março de 2016
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